sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

 
 Inoperância e Burocracia em São José de Ribamar
 
Nosso repórter precisou telefonar 70 vezes para os órgãos públicos de São José do Ribamar, no Maranhão, para descobrir o que é necessário para abrir uma simples farmácia na cidade. Imagina o que sofrem os empresários.  

Revista EXAME PME

Nas bancas

15/12/2011 05:55


Um empreendedor que queira abrir uma pequena farmácia em São José do Ribamar, no Maranhão — apontado pelo estudo Pyxis Consumo 2011, do Ibope Inteligência, como um dos municípios brasileiros com maior potencial de consumo —, deve ter o espírito preparado para passar vários meses sofrendo com a papelada exigida.

Se tudo der certo, lá pelo terceiro mês, com o imóvel e o contrato legalizado, será possível requerer o alvará de funcionamento para que a farmácia possa, enfim, vender seu primeiro sal de frutas. A expedição desse alvará pela secretaria responsável pelas contas do estado depende de outro, o sanitário.
Esse certificado é fornecido pelo órgão de vigilância sanitária — mas lá os funcionários só fa­zem alguma coisa para quem já iniciou o processo do alvará de funcionamento na outra secretaria. Ou seja: o primeiro alvará depende do segundo, que depende do primeiro. Complicado, não? Nada contra São José do Ribamar. Pelo contrário.
Quando este texto começou a ser escrito, os maranhenses eram os únicos de uma amostra de oito municípios que já haviam con­se­guido fornecer a Exame PME informações de quantos e quais documentos são necessários, on­de são obtidos, o valor das taxas e o prazo de espera de cada um deles.
Mesmo assim, a coisa não foi fácil. Durante duas semanas, nosso repórter tomou chá de canseira em mais de 70 telefonemas para montar o esquema que explica como abrir a tal farmácia. 

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