Revista EXAME PME
15/12/2011 05:55
Um empreendedor que queira abrir uma pequena farmácia em São José do
Ribamar, no Maranhão — apontado pelo estudo Pyxis Consumo 2011, do Ibope
Inteligência, como um dos municípios brasileiros com maior potencial de
consumo —, deve ter o espírito preparado para passar vários meses
sofrendo com a papelada exigida.
Se tudo der certo, lá pelo terceiro mês, com o imóvel e o contrato
legalizado, será possível requerer o alvará de funcionamento para que a
farmácia possa, enfim, vender seu primeiro sal de frutas. A expedição
desse alvará pela secretaria responsável pelas contas do estado depende
de outro, o sanitário.
Esse certificado é fornecido pelo órgão de vigilância sanitária — mas
lá os funcionários só fazem alguma coisa para quem já iniciou o
processo do alvará de funcionamento na outra secretaria. Ou seja: o
primeiro alvará depende do segundo, que depende do primeiro. Complicado,
não? Nada contra São José do Ribamar. Pelo contrário.
Quando este texto começou a ser escrito, os maranhenses eram os únicos
de uma amostra de oito municípios que já haviam conseguido fornecer a
Exame PME informações de quantos e quais documentos são necessários,
onde são obtidos, o valor das taxas e o prazo de espera de cada um
deles.
Mesmo assim, a coisa não foi fácil. Durante duas semanas, nosso
repórter tomou chá de canseira em mais de 70 telefonemas para montar o esquema que explica como abrir a tal farmácia.
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