quarta-feira, 8 de maio de 2013

Edmar Cutrim é acusado de colocar o TCE a serviço do grupo Sarney

Edmar Cutrim coloca TCE a serviço da oligarquia
O líder da oposição, deputado Rubens Júnior (PCdoB) denunciou, nesta manhã de terça-feira (07), na tribuna da Assembleia Legislativa, o uso indevido do Tribunal de Contas do Estado, pelo presidente Edmar Cutrim, para perseguir prefeitos adversários e proteger aliados do grupo Sarney. O parlamentar anunciou que, se for preciso, vai denunciar o que está ocorrendo no Maranhão ao Superior Tribunal de Justiça e ao Ministério Público.
“Eu quero é que o presidente do Tribunal de Contas, Edmar Cutrim, venha a público explicar se o vazamento sistemático de relatórios preliminares de prestação de conta de prefeitos de oposição para os meios de comunicação do grupo Sarney é praxe daquele Tribunal? O que eu quero saber é isso, se é correto, se é legitimo, se é legal?”, questionou.
Rubens cita como exemplo de perseguição a adversário a divulgação de um relatório preliminar pelo jornal O Estado do Maranhão, de propriedade da família Sarney, na edição de domingo, como se fosse uma investigação concluída. O documento teria sido entregue ao Sistema de Mirante de Comunicação por Cutrim, após o líder oposicionista ter anunciado que recorreria ao Ministério Público contra o empréstimos de R$ 280 milhões feito pelo Estado junto ao BNDES.    
“Aqui qualquer um que já foi gestor sabe do que se trata um relatório preliminar, que tenho dúvida inclusive se ele pode ser publicizado. Nesta situação de domingo em especial, nem relatório preliminar ainda foi concluído, mas o Jornal O Estado do Maranhão, por um serviço de informação dentro do Tribunal de Contas já teve acesso”, denunciou.
O deputado do PCdoB esclareceu que após a manifestação da auditoria do Tribunal, obrigatoriamente, o relatório preliminar encaminha-se para o conselheiro decidir se há irregularidades ou não, se não houver, inicia-se a fase do julgamento, se há irregularidade notifique-se o gestor, abre-se prazo para defesa para se corrigir erros sanáveis. Nada disso, no entanto, foi seguido pelo TCE.
No caso em questão, antes mesmo da prefeita de Matões, Suely Pereira (PSB), mãe do parlamentar, tomar conhecimento do que está sendo acusada, já foi apresentada em manchete do jornal da família da governadora com se as contas da Prefeitura de Matões tivessem irregularidades. Diante da aberração cometida pelo Tribunal de Contas, onde o assessor de imprensa é funcionário da Prefeitura de São José de Ribamar, administrada pelo filho de Edmar Cutrim, Rubens Júnior faz a seguinte indagação: “Como alguém pode se defender daquilo que não sabe de que está sendo acusado?”.   
O deputado observou que informações da assessoria do próprio Tribunal, da Unidade Técnica de Contas do Governo, após consulta ao processo eletrônico de contas confirma que o relatório não foi concluído e muito menos lançado no sistema. Mesmo assim, foi publicizado na mídia do Sistema Mirante. É bom lembrar que até no seminário realizado pelo TCE para novos prefeitos o palestrante foi o candidato da governadora Roseana ao governo, Luís Fernando Silva, que entregou a prefeitura de mão beijada para Gil Cutrim, o prefeito primeiro emprego, filho de Edmar.
“Antes que se oportunize a defesa, nesse caso específico pelo que eu li na nota jornalística e, portanto, não tem muito valor, há uma denúncia de que Matões só teria gasto 51% em pagamento de pessoal na folha do FUNDEB, o que é um absurdo onde na verdade foi gasto 63% e nós formos notificados, se aprovado automaticamente e eu duvido alguma conta ser rejeitada por esse motivo, não podemos falar isso ainda, porque não fomos notificados pelo Tribunal de Contas, porque não fomos procurados pelo jornal, mas a imagem já tem, já está sendo manchada, isso não é algo razoável ou aceitável”, condenou.
O que o deputado Rubens Pereira Júnior, jovem líder da oposição, deseja é somente que o presidente do Tribunal de Contas, um velho colaborador da oligarquia Sarney, diga o que está acontecendo dentro do Tribunal, porque está havendo vazamento apenas sobre os prefeitos da oposição e porque o TCE está sendo usado como instrumento de intimidação e de achincalho.
Para deixar bem clara a forma tendenciosa do dirigente do Tribunal de Contas do Estado, Júnior cita o exemplo do ex-governador José Reinaldo Tavares que requereu cópias dos convênios realizados pelo governo do Estado, em 2010, para instruir o processo de cassação de Roseana e o TCE se negou a fornecer os documentos.
O ex-governador pediu acesso oficial e o TCE não forneceu. Isso consta no processo que está tramitando no TSE, na iminência de ser julgado. "Nesses casos, o TCE não concede o espaço, não concede as informações e as certidões, mas quando é para perseguir prefeitos de oposição, as informações são devidamente direcionadas" denunciou.
Rubens Júnior concluiu o pronunciamento afirmando: “Se imaginam que com isso me intimidam ou me calam, saibam que a minha vontade de lutar duplica, triplica a cada canalhice que fazem e/ou inventam. Se tiver que ir ao STJ para denunciar o que está havendo, iremos ao Ministério Público, a quem quer que seja, assim o farei. Se tiver que representar criminalmente contra a quem quer que seja, assim o faremos” anunciou o líder da oposição.

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