Postado por:
Leandro Miranda |
Repercutiu na semana passada, na
Assembleia Legislativa do Maranhão, a auditoria do Tribunal de Contas do
Estado (TCE) que aponta para indícios de superfaturamento e de desvio
de recursos públicos na reforma do Estádio Dário Santos, em São José de
Ribamar, iniciada há quase uma década pelo então prefeito da cidade,
Luís Fernando Silva.
Ainda no ano de 2007 – segundo uma
reportagem do Jornal Pequeno – Luís Fernando anunciou que a reforma
custaria R$ 700 mil e seria executada em no máximo 12 meses, com
recursos próprios. Entretanto, o aliado de Roseana Sarney deixou a
prefeitura na virada de 2010 para 2011 sem sequer iniciar a obra.
Depois de sete anos de abandono, o atual
prefeito do município, Gil Cutrim, retomou a construção na semana
passada, após a prefeitura ser favorecida com mais um convênio de R$ 1,8
milhão do governo do Maranhão.
No total, três convênios foram
celebrados para o Dário Santos, totalizando cerca de R$ 7 milhões. O
relatório do TCE apontou uma série de problemas na celebração e na
execução do primeiro destes convênios, firmado por Luis Fernando. Dentre
as irregularidades estão a ausência de publicação do edital de
licitação no Diário Oficial da União e a assinatura do empenho e do
contrato de execução de obra, antes da licitação.
Na última quinta-feira, em nota à
imprensa, Luís Fernando Silva se eximiu da responsabilidade sobre a
fraude, culpando o seu sucessor, Gil Cutrim, pelo atraso na entrega do
estádio. Sem explicar as denúncias apontadas pelo TCE, o atual
secretário de Infraestrutura do Maranhão e pré-candidato do grupo Sarney
a governador justificou que entre a assinatura do primeiro convênio e o
fim da sua gestão passaram-se apenas seis meses.
Tempo insuficiente – segundo ele – para a conclusão da reforma do Dário Santos.
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